Com a pandemia do COVID-19 e o caráter negacionista e antivacina do governo Bolsonaro, a situação da educação, que já não era favorável, se torna ainda mais desafiadora tanto para o professor, quanto para o aluno.
O maior desafio enfrentado pela educação em 2020, além da falta de verba, currículo engessado e desigualdades sociais, foi como relacionar o isolamento social com a educação. A princípio a opção online parecia óbvia, porém com o despreparo do país para lidar com ela e a urgência para que a situação fosse resolvida, a educação sofreu um baque.
Professores e alunos tiveram que lidar com ferramentas que, talvez, nunca tivessem usado antes, grades escolares adaptadas, currículo reduzido, a demora para sancionar as aulas on-line, entre outras dificuldades. Tudo isso no intuito de amenizar a situação, como um "tratamento paliativo" para uma doença que, assim como o COVID-19, é incurável. Até o momento.
Apesar da demora para flexibilizar a ocorrência dessas aulas, conseguimos chegar a um meio de resolver, mesmo que temporariamente, os problemas causados pela falta de gestão responsável do Governo Federal. Hoje, professores são mais do que capacitados para aplicar as aulas síncronas on-line, que são pouco diferentes das presenciais.
A experiência agradável que tive na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) mostrou o quão preparados nós poderíamos ter estado no início, caso as medidas cabíveis tivessem sido tomadas mais cedo. A profissionalidade com que as aulas foram ministradas, a dedicação com a preparação e o carinho dos docentes para com os alunos mostrou que a opção on-line deveria ter sido levada mais a sério desde o princípio.
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