O pensamento crítico e a curiosidade fazem parte do pacote do estudante. O docente, por sua vez, tem como função incentivar o aluno à criação destes. Porém existe alguma limitação quanto à exposição de sua opinião pessoal no seu ambiente de trabalho?
Bem, segundo Paulo Freire, a vida pessoal e suas opiniões são indissociáveis de sua presença em sala de aula. De fato eu concordo com esta visão. Na verdade, se você parar para pensar, verá que é impossível alguém ser algo que ele não é, mesmo que por um breve momento.
Quer dizer então que se o docente for contra um governo atual, por exemplo, ele não deverá criticá-lo somente para manter-se neutro? A neutralidade em sua opinião indicaria, de certa forma, conivência com a situação. Se algo que não gosto acontece, por que não expressá-lo? Como ser leal ao que creio se não falo sobre isto? E mais, se o trabalho do docente é estimular a curiosidade e o pensamento crítico, como os estudantes verão algo diferente se isto não lhes for apresentado? A resposta para estas questões é simples. É impossível separar as suas opiniões e resumir o seu ambiente de trabalho a somente chegar e aplicar o conteúdo programado. Professores não são máquinas, muito menos alienadores. São formadores de opinião, e é assim que creio que devem se portar em sala de aula.